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Automutilação


A automutilação ou autolesão corresponde a uma forma de lesão provocada por uma pessoa em seu próprio corpo sem intenção de suicídio. Esse auto-dano ocorre por uma relação disfuncional consigo próprio, causada por uma visão negativa, defeituosa, desvalorizada e até mesmo detestada do eu. Isso ocorre principalmente em conjunto com o alto nível de autocrítica e vergonha interna.

Embora os números sejam crescentes, existe uma limitação em estudos empíricos sobre o assunto. Estudos realizados em 2003 revelaram que a maior frequência em comportamentos automutilativos eram em pessoas do sexo feminino, porém, em 2008, tivemos registro de taxas semelhantes para ambos os sexos em uma pesquisa de Messer & Fremouw, contudo, pôde-se notar uma frequência entre pessoas entre 14 a 24 anos de idade.

É importante salientar que, o autodano, pode ocorrer no formato morder-se, arranhar-se, picar-se com agulhas e alfinetes, queimar-se com cigarro entre outros, porém, o mais usual é o ato de cortar-se. Sentimentos de tensão extrema, ansiedade, raiva ou medo, são sentimentos descritos antes da auto-mutilação.

Primariamente, a automutilação é tida como uma forma de regular as emoções do sujeito, onde ele encontra na dor física, um "acobertamento" de dores e experiências ruins.

Claro que existem vários modelos etiológicos sobre o assunto, mas quero falar aqui, sobre o modelo auto-punitivo, onde o sujeito pode punir-se tanto por fazer parte do desejo do outro (como pessoas que são estupradas e se punem/cortam porque se acham sujas e indignas ao lembrar do que fizeram com elas) quanto por seus próprios desejos (quando o desejo do sujeito não é socialmente aceitável - ou não é aceito pelo superego do próprio sujeito - antes de se entregar aos seus desejos "ilícitos", ele se corta como forma de punição e tentativa de repressão do desejo).

Nem sempre as pessoas que estão próximas a esses sujeitos, sabem lidar com a situação, dizem que é "para chamar a atenção" ou simplesmente ignoram ou não percebem (porque a maior parte dos sujeitos não andam com os ferimentos à mostra), porém, devemos nos atentar sobre quais fatores ou dores o sujeito "quer atenção". Como podemos ajudá-lo ou em qual profissional devemos levá-lo.

Como a automutilação tem comorbidade com uma série de perturbações como distúrbios alimentares, humor, ansiedade, personalidade, abuso de substâncias, depressão, solidão, raiva, hostilidade, e em adultos, a automutilação é muito associada ao paciente borderline, é importante agir com rapidez e procurar um psícólogo para dar início ao tratamento.


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